Estamos no campo das animações
infantis, e quando o assunto é este nós temos um leque de gêneros e variedades
para todos os gostos e fases, sem uma idade especifica que restrinja uma ou
mais pessoas de vê-las. Mas há uma a qual, em minha opinião, está entre as
melhores e sem duvida imperdíveis, estou falando de “Spirit – O Corcel Indomável” (2002) e não é só pelo fato do Far Oste chamar minha atenção ou pela
questão de conflitos indígenas e territoriais, como no Brasil e não menos sangrenta
a História americana é marcada por diversas batalhas de terra, ao qual são mais
conhecidas as que envolvem os povos indígenas e mexicanos, para ficar nestes
dois casos locais.
Mas, voltemos ao assunto do
filme...
Eu o devo ter assistido umas 10x, mas jamais me cansei de ver, e para
mim a graça está em ter um simples elemento: Narração. O enredo tem inicio com
a vida de um corcel (mostang) selvagem, tão belo e forte que cresce sob as
montanhas e estrelas da região oeste (hoje Texas) do então EUA, mais ou menos
no século XVII, e que tem por sina assumir a responsabilidade e que até então
antes do seu nascimento era de seu pai: Liderar o grupo em que veio ao mundo. Deste
modo, vemos como ele se torna um líder responsável e atencioso para com sua
tropa. Entretanto, é justamente por esse “excesso” de preocupação que em uma
noite, ao longe, este enxerga uma pequena luz... Curioso e desobedecendo ao
pedido e sua mãe ele segue até lá, e o que encontra o deixa intrigado: Cavalos
amarrados e “criaturas de duas pernas” das quais nunca havia visto. Sua beleza
e velocidade chamam a atenção por ele passa e por este motivo acaba sendo
capturado naquela mesma noite, e por estas características é mandando para um
dos quartéis do exército americano. Sem deixar por menos, lá ele continua a demonstrar
sua força e impaciência para “doma” o que causa uma série de estragos, tanto na
estrutura física quanto de pessoal, até prender o interesse de um comandante...
Que mais tarde, indignado ordena que este fosse amarado ao poste por três dias
e três noites sem comida e água, enquanto isto um indígena é rendido furtando
alimentos no acervo do quartel e também é mandando ao poste sob as mesmas
condições. É a partir da sucessão deste momento que nasce a amizade entre “uma
criatura de duas pernas diferente” e um corcel indomável, pois ambos buscavam a
mesma coisa: Liberdade, e foi de uma tentativa de execução que este primeiro
salvou o segundo e passaram a fugir juntos, por um tempo. E o resto só assistindo
para saber...
Animações como estas prendem a
atenção dos seus telespectadores porque misturam situações fantasiosas com
realidade, e quando estão direcionadas a um certo período histórico despertam o
interesse em crianças (e por que não em adultos também?) por tal fato ocorrido.
Sem contar que ensina as garotos(as) que todos merecem ser livres, e que a ação
mal executada de outras pessoas prejudicam outras, ou se nada disto é um bom
argumento para tal, vale a trilha sonora que no idioma original inglês é
composta pelo cantor Bryan Adams e Hans Zimmer, e no Brasil interpretada pelo Paulo Ricardo, cantores de timbres parecidos e vozes suaves que dão um toque especial e a
parte ao filme, bem como a fotografia do mesmo, que “imita” perfeitamente ou
quase a realidade.
O único ponto franco desta
animação, a meu ver, é que ao final das contas sabemos que os indígenas e os corcéis
sofreram por muito tempo as perseguições do “governo” nos assuntos ligados a territórios,
e no caso dos cavalos selvagens estes vivem em período de extinção, e o que nos
resta é uma falsa analogia de que liberdade existe de fato e que vale para
todos. Porém, destaco também este ponto
como um a mais, por provocar em quem o assiste uma série de reflexões, sejam elas
sobre estas ou outras questões.
P.s: Se vocês já viram, deem sua opinião a
cerca do que acharam e se não assistiram, corram para a locadora mais próxima ou
fiquem de olho na “Sessão da tarde”. Vale a pena.
Beijos para todos e todas e ótima
semana para vocês! Até...
2 comentários:
Só por ter cavalo no meio, é um dos favoritos do meu irmão.
E é de fato um ótimo filme. Vi há muito tempo, mas vivo na vontade de rever!
Gostei do blog e a escolha da Cecilia foi muito acertada. Lembro ainda do meu tempo de infancia.
Bj
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